A Pequena Morte
Perversões sexuais tratadas como um comercial de margarina
Em sua estréia na direção, o ator e também roteirista Josh Lawson, preferiu não arriscar um milímetro sequer nesta comédia provocativa onde o sexo é tratado de maneira superficial.
“A Pequena Morte” (The Little Death) – tradução para a expressão francesa “la petite mort” que significa orgasmo – apresenta cinco casais, moradores da mesma vizinhança de um subúrbio australiano, convivendo com estranhos fetiches sexuais como sonofilia (prazer sexual em ver o outro dormindo), dacrifilia (interesse sexual em ver o parceiro chorando), estupros consentidos e encenações sexuais. As histórias se conectam de raspão, ou seja, os personagens se esbarram rapidamente, mas as tramas individuais não sofrem interferências pelas dos outros.
Para Lawson o sexo pode ser engraçado, mas ainda é um tabu. Apesar de passar a mensagem que os problemas sexuais são mais comuns do que possa parecer, o diretor cria um universo asséptico, de formato convencional, onde os personagens parecem ter saído de um comercial de margarina, evitando se aprofundar nos casos apresentados.
O filme tem momentos divertidos (especialmente o último episódio que atinge seu objetivo pleno), mas o excesso de sacarina e a falta de ousadia comprometem o resultado final.
A Pequena Morte (The Little Death)
Austrália, 2014. 96 min.
Direção: Josh Lawson
Com: Josh Lawson, Damon Herriman, Bojana Novakovic, T. J. Power, Patrick Bammal, Erin James.
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