Ed Sheeran esbanja simpatia e carisma no Rio
Arena lotada foi contagiada pela empolgação do artista
Um dos atuais fenômenos da música pop, o britânico Ed Sheeran, se apresentou na Jeneusse Arena, no Rio de Janeiro. A abertura ficou a cargo de Antonio Lulic e o local recebeu 14 mil pessoas, os ingressos já estavam esgotados há semanas.
Ed Sheeran mostrou no palco a razão do seu sucesso. Algo até difícil para um artista solo que não abusa de excentricidades e outros cacoetes de astros de rock ou pop star. Sheeran é chegado na simplicidade. Músicas empolgantes e que trazem a sensação de bem estar são o arsenal do britânico que se apresenta na base de voz e violão. O pop star seria capaz de encantar seu público apenas com esses recursos simples, sobra carisma, simpatia e empatia para que ele o faça. É um artista capaz de segurar um acústico sem problemas, mas é óbvio que faz mais que isso.
Desde a abertura do show com “Castle On The Hill”, e apenas sete minutos de atraso, ele conduziu a plateia com uma performance centrada em sua voz e no palco, que remete a uma árvore cibernética. E essa árvore serve para efeitos visuais que remetem as suas canções e reprodução de suas imagens.
A Divide Tour, que levou um grande público adolescente para o show, teve apresentação semelhante a de Curitiba. A novidade ficou por conta do cover de “Feeling Good”, de Nina Simone, e “I See Fire”, além da ausência de “Hearts Don’t Break Around Here”.
Canções novas como “New Man” e “Eraser”, que Sheeran faz uso do rap, ainda não fazem parte da memória afetiva do público, como os hits mais antigos. “The A Team” (do primeiro álbum), por exemplo, ganhou um céu de estrelas feito pelos celulares da plateia. Suicessos como “Bloodstream” (com amplos efeitos visuais) e “Give Me Love”, com excelente uso do loop pedal, contagiaram os presentes.
Ed Sheeran esbanja simpatia e baladas, como “Dive”, “Perfect” e “Thinking Out Loud” fizeram o público reagir com empolgação. Sheeran é um compositor habilidoso, valoriza o estilo que o consagrou e tem uma leve influência irlandesa. O resultado é esse fenômeno da música atual que encanta multidões com uma fórmula que reúne simpatia e simplicidade. Quem ainda quiser, pode ver a “Divide Tour”, em São Paulo no dia 28 (domingo) e em Belo Horizonte no dia 30 (terça).
A Abertura por conta de Antonio Lulic, que conhece Sheeran há anos, foi com um artista que no palco tentou seguir o carisma da atração principal. Ele procurou ser simpático o tempo todo, mas as canções eram desconhecidas da maioria. Empolgou apenas em cover, como o que fez de “Use Somebody”, do Kings Of Leon.
Set List
Castle on The Hill
Eraser
The A Team
Don’t
New Man
Dive
Bloodstream
Happier
Galway Girl
Feeling Good
I See Fire
Give Me Love
Photograph
Perfect
Nancy Mulligan
Thinking Out Loud
Sing
Shape of You
You Need Me, I Don’t Need You