Juliette Binoche é a presidenta do júri do Festival de Berlim
Atriz vai julgar os concorrentes ao Urso de Ouro, que serão revelados a partir desta semana: estima-se que Brian De Palma, Terrence Malick e Gabriel Mascaro podem estar no páreo

Rodrigo Fonseca
Dois anos depois de Meryl Streep ser convocada para presidir os destinos do Urso de Ouro, como presidenta do júri da Berlinale, é a vez de uma outra grande atriz, a parisiense Juliette Binoche, ser escalada para escolher quem receberá um dos prêmios mais cobiçados do cinema mundial, em 2019. Atualmente enfurnada nos sets de filmagem do melodrama “The truth”, sob a direção do japonês Hirokazu Koreeda (ganhador da Palma de Ouro deste ano, por “Assunto de família”), Juliette vai abrir uma vaga em sua concorrida agenda para ser a presidenta dos jurados do 69º Festival de Berlim (7 a 17 de fevereiro). Aos 54 anos, a estrela de “Cópia fiel” (2010) já participou do evento berlinense múltiplas vezes. Foi premiada lá em duas ocasiões: em 1993, conquistou um troféu honorário por sua excelência em prol do cinema francês, e, em 1997, foi laureada por seu desempenho em “O paciente inglês”, pelo qual recebeu o Oscar de melhor coadjuvante em Hollywood. Agora, Juliette vai comandar um time de jurados a ser divulgado até o dia 25 de janeiro. Seu mais recente trabalho nas telas foi “High life”, de Claire Denis.
“Atuar é saber se adaptar mundos distintos, captando e traduzindo espíritos críticos ou poéticos sobre a vida. A poesia de grandes cineastas passam pela sinceridade”, disse Juliette ao Almanaque Virtual em Cannes.
Há uma semana, Dieter Kosslick, o diretor artístico do evento germânico, anunciou que o longa-metragem de abertura da Berlinale.19 será “The kindness of strangers”, da dinamarquesa Lone Scherfig, com Zoe Kazan e Tahar Rahim numa trama sobre um inverno em Nova York. Ainda esta semana serão divulgados alguns dos concorrentes ao Urso dourado, mas estima-se que o thriller “Dominó”, de Brian De Palma (sobre a vingança de um policial);o épico de guerra “Radegund”, de Terrence Malick (sobre um austríaco que caçou nazistas); e o drama catalão “Elisa y Marcela”, no qual a diretora Isabel Coixet recria o primeiro casamento homoafetivo da Espanha, vão estar no páreo por prêmios. O Brasil pode tentar a sorte por lá com “Amor divino”, de Gabriel Mascaro, já selecionado por Sundance.